A proposta desse post é expôr comentários a respeito de frases retiradas do Livro: "Pedagogia da Autonomia" do nosso querido Paulo Freire. Esperemos que você aprecie e nos auxilie a melhorar o nosso entendimento comentando a sua reflexão.
"O discurso da globalização que fala da ética esconde, porém, que a sua ética é a ética do mercado, e não a ética universal do ser humano, pela qual devemos lutar bravamente se optamos, na verdade, por um mundo de gente"
> Incrível como o capitalismo criou uma rede muito semelhante à de outras ideologias que necessitam do trabalho humano como fonte de sustentação. E como, moralmente, isso expõe para a sociedade em geral uma ética escarnecedora que deflue de uma multidão de atos fados ao lucro. Mas este é um lucro para os que possuem destaque comercial e não para o pequeno trabalhador. Tira-se de muitos para se dar para poucos. Quem sustenta essa ética do mercado senão o capitalismo, sistema voraz e faminto. E onde guardamos a ética universal do ser humano? Onde encontrá-la? Como fomentá-la?
"Prefiro ser criticado como idealista e sonhador inveterado por continuar, sem relutar, a apostar no ser humano, a me bater por uma legislação que o defenda contra as arrancadas agressivas e injustas de quem transgride a própria ética. A liberdade do comércio não pode estar acima da liberdade do ser humano."
>Ao lado do direito e respeito do ser humano está a sua liberdade quando falamos de Ética Universal do ser humano. Esse mesmo ser humano têm necessidade do livre-pensar, caso contrário, sua sobrevivência estará fadada a um sistema qualquer levantado pelo abuso de homens e mulheres de destaque provisório, pois o poder além de corrompidor é passageiro. Portanto a oportunidade ao encontro do conhecimento é importante para estimular o ser humano a pensar e a livre-pensar. Sem limites para isso. Mesmo que isso seja permitir alguns taxadores da moralidade se arrancarem na defesa de suas transgressões a própria ética. Estão dentro da mesma, mesmo não percebendo a utilidade real dela. Apostar no ser humano é livre escolha de poucos, mas são esses mesmos poucos que sustentam acessa a chama clara da Ética Universal Humana nas tempestades que passamos hoje.
"O processo científico e tecnológico que não responde fundamentalmente aos interesses humanos, às necessidades de nossa existência e perdem, para mim, sua significação"
>Quais são as necessidades de nossa existência? Para se viver você precisa não somente do impulso VIDA, mas sim de fatores que levantem esse pilar. Saúde, Trabalho, Moradia, Segurança e Educação. Engraçado parecer uma frase tão bem conhecida de quatro em quatro anos, mas focamos aqui a intervenção do processo científico e tecnológico junto às essas e outras tantas necessidades da existência humana. Quem cria esses processos senão o próprio ser humano. Portanto deverá convergir para ponto em comum: melhoramento da vida humana, melhor relacionamento com o meio em que vive e novas descobertas. Fora disso é inválido qualquer movimento desse processo.
"Não se trata, acrescentemos, de inibir a pesquisa e frear os avanços mas pô-los a serviço dos seres humanos. A aplicação de avanços tecnológicos com o sacrifício de milhares de pessoas é um exemplo a mais de quanto podemos ser transgressores da ética universal do ser humano e o fazemos em favor de uma ética pequena, a do mercado, a do Lucro."
>A Ética universal do Ser Humano, já se pode perceber, tem um de seus princípios nos dos direitos e respeito ao ser humano. Portanto qualquer trabalho referente ao ser humano ou que o envolva não deve desrespeitar ou quebrar esse talante. Interessante que atualmente não se serve mais ao ser o processo científico tecnológico e sim ao que esse ser deseja. Mas você possui um número pequeno de seres humanos desejando e um enorme grupo correndo para cima e para baixo tentando efetuar e concretizar esse desejo.
"Mas sei também que, se pretendemos realmente superar a crise em que nos achamos, o caminho ético se impõe. Não creio em nada sem ele ou fora dele. Se, de um lado, não pode haver desenvolvimento sem lucro este não pode ser, por outro, o objetivo do desenvolvimento, de que o fim último seria o gozo imoral do investidor."
>Realmente existe uma crise que se torna grave com o passar do tempo. E como é incrível a proposta de EUH* como único caminho para o desvencilhar dessas paranóias infantis. Mas uma infantilidade cruel. Sem inocência ou ignorância de causa/efeito. Achamo-nos numa crise plantada por nós mesmos. Ela está levantada e alimentada por nós mesmos. Ao invés de nascer, viver e morrer nós simplesmente nascemos, gastamos, gastamos, gastamos e morremos. A Ética deve ser lúcida para não se vincular aos sofismas que distorcem os objetivos mais claros. Não queremos inventar a nossa vida, queremos sim ter de volta a nossa vida.
*Ética Universal Humana
- Freire, P(1996). Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educatica.São Paulo: Paz e Terra.
Alunos do Curso de licenciatura em Ciência da Natureza do Instituto Federal do Rio Grande do Sul... Com objetivos nesse meio de expor ideias a respeito da educação!
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Como considerar as afirmações de Vygotsky e Arroyo sobre o papel social da escola e do professor no contexto do Capitalismo?
Por um estado alienado adquirido através de anos em contraste com os objetivos do Capitalismo, deliberou-se que o indivíduo não necessita tanto da instrução ou reflexão. Sem meios de agir no campo das ideias, sem interagir com o saber para que conhecendo a vida e seus mecanismos, não tratasse o trabalho como forma de progredir psicossocialmente.
Assim, o sistema voraz e audacioso com que se inseriu na vida humana, como o capital de todos os movimentos econômicos. Entendendo economia como “a ciência das Leis que regulam a produção, a distribuição e o consumo dos bens materiais”, percebe-se o quanto compreender e raciocinar a proposta do ato de trabalhar nos fornece habilidades para com a nossa economia, ou seja, o poder de TER.
Vygotsky propõe que: “A intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorrem espontaneamente”. Assim o espontâneo está inserido no campo capitalista, que “naturalmente” propõe outros meios mais frios e castradores para o relacionamento do SER com o SABER. Acrescenta que: “a escola propicia o acesso aos membros imaturos da cultura letrada ao conhecimento acumulado pela ciência e o procedimento metacognitivos”. Observa-se aí, a função libertadora da ignorância do ser com que a escola se propõe a realizar.
Mais tarde o Pensador Arroyo vai dizer: “(...) a função social e cultural da escola (...) é formá-las [crianças e adolescentes] como totalidades humanas que têm direitos a se constituir como humano, a aprender as complexas artes de ser gente, alertando-nos, o autor, das duas funções da escola, o social e o cultural, visando que cada país, cidade mesmo com sua forma de visão e dialética, devem convergir com o objetivo do CONHECIMENTO. Quem mais conhece mais avança na senda do progresso, adquire mais e mais capacidade de desenvolvimento com a sociedade alçando vôo nessa empreitada, mesmo quando o mundo ainda alimenta a “fome” do capitalismo.
Assim, o sistema voraz e audacioso com que se inseriu na vida humana, como o capital de todos os movimentos econômicos. Entendendo economia como “a ciência das Leis que regulam a produção, a distribuição e o consumo dos bens materiais”, percebe-se o quanto compreender e raciocinar a proposta do ato de trabalhar nos fornece habilidades para com a nossa economia, ou seja, o poder de TER.
Vygotsky propõe que: “A intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorrem espontaneamente”. Assim o espontâneo está inserido no campo capitalista, que “naturalmente” propõe outros meios mais frios e castradores para o relacionamento do SER com o SABER. Acrescenta que: “a escola propicia o acesso aos membros imaturos da cultura letrada ao conhecimento acumulado pela ciência e o procedimento metacognitivos”. Observa-se aí, a função libertadora da ignorância do ser com que a escola se propõe a realizar.
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